Amar Pode Dar Certo



Neste momento, penso em você e então
quisera me transformar em vento.

E se assim fosse, chegaria agora
como brisa fresca e tocaria leve sua janela.

E se você me escuta e me permite entrar,
em você vou me enroscar quase sem o tocar.

Vou roçar nos seus cabelos, soprar mansinho no ouvido,
beijar sua boca macia, o embalar no meu carinho

Mas eu não sou vento...
Agora sou só pensamento e estou pensando em você.

E se abrir sua janela, eu estou chegando aí, agora...
neste momento, em pensamento... no vento.

Roberto Shinyashiki

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Náufrago

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada fora de qualquer rota de navegação.

E ele agradeceu novamente.

Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e, também para guardar seus poucos pertences.

E como sempre, agradeceu.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.

No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.

Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando : "O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"

Chorou tanto, que adormeceu profundamente cansado.

No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.

- Viemos resgatá-lo - disseram.

- Como souberam que eu estava aqui? - perguntou ele.

- Nós vimos o seu sinal de fumaça.

Desconheço a autoria

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A Paz Profunda



Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda.

Muitos artistas apresentaram suas telas.

O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.

Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Profunda Paz!

O Rei escolheu a segunda tela e explicou:

- PAZ PROFUNDA não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. Paz Profunda significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no santuário Sagrado do nosso coração. Lá encontraremos a Verdadeira Paz Profunda. Em silenciosa meditação.

Desconheço a autoria

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O Sábio Samurai

Perto de Tóquio, vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar Zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.

Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.

Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram:

- Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o Samurai.

- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. - disse o mestre - Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir!

Desconheço a autoria

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Deus é como o açúcar

Um certo dia um homem foi em uma escola falar de Deus. Chegando lá, perguntou se as crianças O conheciam. Elas responderam que sim. Continuou a perguntar e elas disseram que Deus é o nosso Pai, fez a Terra, o mar, tudo que está nela e nos fez como filhos Dele.

O homem se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe: "Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram?". A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:

- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu café com leite que ela faz todas as manhãs: eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca, mas se ela tira, o líquido fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica... sem sabor.

O homem sorriu, e disse: "Muito bem Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida". Deu a bênção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança.

Deus quer tornar nossas vidas muito abençoada, mas para que isso aconteça é necessário deixemos que Ele faça milagres e uma grande transformação em nossos corações. Mas nós temos que fazer a nossa parte. Temos que colocar "AÇÚCAR" em nossas vidas...

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A Águia e o Falcão

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo ...

- Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem.

- E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e traze-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo - continuou o feiticeiro - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.

O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... e viu eram verdadeiramente formosos exemplares...

- E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue?

Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem.

- Não! - disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... a águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

E o velho disse:

- Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure...Voem juntos mas jamais amarrados.

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No fundo do coração



Composição: Paulo Sérgio Valle

Eu quero ser um lindo sonho pro teu coração
Quero fazer da sua vida poesia e canção
Eu quero estar no seu caminho como um raio de sol
E pros teus passos mais distantes te guiar como um farol
Eu quero, é tudo o que eu quero
Do fundo do meu coração

Vou te encontrar na luz da estrelas
Te refletir nas águas do mar
Quero ficar assim pra sempre
Porque pra mim a vida é te amar

Se por acaso alguma nuvem encobrir o teu céu
Eu vou buscar no arco-íris, aquarela e pincel
Pintar sorrisos nas palavras que você disser
Te dar magia e alegria é meu jeito de dizer
Te amo, que eu te quero
Do fundo do meu coração

Vou te encontrar na luz da estrelas
Te refletir nas águas do mar
Quero ficar assim pra sempre
Porque pra mim a vida é te amar

Você é um lindo sonho
Que eu vivo ao te olhar
Que acorda o meu coração
Um sonho assim jamais tem fim

Eu quero ser um lindo sonho pro teu coração
Quero fazer da sua vida poesia e canção
Eu quero estar no seu caminho como um raio de sol
Vou te encontrar na luz da estrelas
Te refletir nas águas do mar
Quero ficar assim pra sempre
Porque pra mim a vida é te amar

Sandy e Junior

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Fica proibido


Fica proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer,
Ter medo das tuas recordações


Fica proibido não sorrir ante os problemas,
Não lutar pelo que queres,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar em realidade teus sonhos


Fica proibido não demonstrar o teu amor,
Fazer com que alguém pague pelas tuas
dúvidas e pelo teu mau humor


Fica proibido deixar os teus amigos,
Não tentar compreender aquilo que viveram juntos,
Chamá-los somente quando precisa deles


Fica proibido não seres tu perante todos,
Fingir para as pessoas que não te importas,
Esquecer todos os que te querem


Fica proibido não fazeres as coisas para ti mesmo,
Não fazeres o teu destino,
Ter medo da vida e dos teus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse o último


Pablo Neruda

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Culpado ou inocente?

Conta uma lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente no reino e, por isso, desde o primeiro momento, se procurou um bode expiatório para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem acusado de ter cometido o assassinato foi levado a julgamento. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo das falsas acusações. A forca o esperava!

O juiz, que também estava conluiado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência.

Disse o desonesto juiz: — Como o senhor, sou um homem profundamente religioso. Por isso, vou deixar sua sorte nas mãos de deus. Vou escrever em um papel a palavra INOCENTE e em outro a palavra CULPADO. Você deverá pegar apenas um dos papéis. Aquele que você escolher será o seu veredicto.

Sem que o acusado percebesse, o inescrupuloso juiz escreveu nos dois papéis a palavra CULPADO, fazendo, assim, com que não houvesse alternativa para o homem. O juiz, então, colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem, pressentindo o embuste, fingiu se concentrar por alguns segundos a fim de fazer a escolha certa. Aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu. Os presentes reagiram surpresos e indignados com tal atitude.

- Você é louco? Como saberemos agora a sentença?

O homem, mais uma vez demonstrando confiança, disse:

- Basta olhar o papel que se encontra sobre a mesa e saberemos que engoli aquele em que estava escrito o contrário.

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O Tolo que era Sábio

Todos os dias o Mullah Nasrudin ia esmolar na feira, e as pessoas adoravam vê-lo fazendo o papel de tolo, com o seguinte truque: mostravam duas moedas, uma valendo dez vezes mais que a outra. Nasrudin sempre escolhia a menor.

A história correu pelo condado.

Dia após dia, grupos de homens e mulheres mostravam as duas moedas, e Nasrudin sempre ficava com a menor. Até que apareceu um senhor generoso, cansado de ver Nasrudin sendo ridicularizado daquela maneira. Chamando-o a um canto da praça, disse:

- Sempre que lhe oferecerem duas moedas, escolha a maior. Assim terá mais dinheiro e não será considerado idiota pelos outros.

- O senhor parece ter razão, mas se eu escolher a moeda maior, as pessoas vão deixar de me oferecer dinheiro, para provar que sou mais idiota que elas. O senhor não sabe quanto dinheiro já ganhei, usando este truque. Não há nada de errado em se passar por tolo, se na verdade o que você está fazendo é inteligente. Às vezes, é de muita sabedoria se passar por tolo e é muito melhor passar por tolo e ser inteligente do que ter inteligência e usar fazendo tolices.

"Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem!"
Khawajah Nasr Al-Din

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Cassiano Ricardo

O gato tranqüilo
Ei-lo, quieto, a cismar, como em grave sigilo,
vendo tudo através a cor verde dos olhos,
onça que não cresceu, hoje é um gato tranqüilo.
A sua vida é um "manso lago", sem escolhos...
Não ama a lua, nem telhado a velho estilo.
De uma rica almofada entre os suaves refolhos,
prefere ronronar, em gracioso cochilo,
vendo tudo através a cor verde dos olhos.

Poderia ser mau, fosforescente espanto,
pequenino terror dos pássaros; no entanto,
se fez um professor de silêncio e virtude.

Gato que sonha assim, se algum dia o entenderdes,
vereis quanto é feliz uma alma que se ilude,
e olha a vida através a cor de uns olhos verdes.

Cassiano Ricardo

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O Tempo

A felicidade é um diamante. Brilhando de mil fogos, ela nos fascina e às vezes temos a impressão de que é só privilégio de alguns... ou de um tempo!

Todas as fases da vida têm as suas alegrias e as suas dores. Fala-se muito em crise hoje em dia. Crise da adolescência, da meia-idade, crises existenciais a qualquer momento. São horas onde paramos para pensar em nós mesmos, onde adentramos nosso eu e, finalmente, saímos com a sensação de que alguma coisa ainda falta, ou está perdida. Adolescentes querem ser adultos; adultos dariam tudo para recuperar um pouco da inocência perdida, para viver lindos sonhos de adolescentes que talvez nunca se realizarão, mas que, enquanto estão lá, fazem viver... velhos falam do passado com nostalgia e saudade, como se não fosse mais possível experimentar momentos de felicidade. Não se sonha da mesma forma quando se tem quinze, vinte ou cinqüenta anos. Felizmente!!! Sim... porque em cada fase as perspectivas são diferentes e o que está errado no ser humano é justamente pensar que uma pode ser melhor que a outra. É comum ouvirmos dizer, com certa tristeza: "naquele tempo eu era feliz e não sabia..." Acho que em muitos momentos da vida a gente é feliz sem saber e só se dá conta quando essa felicidade não está mais presente.

Talvez daqui a dez, vinte anos a gente diga a mesma coisa do tempo vivido agora. Porque quando temos a felicidade ao alcance das nossas mãos, é raro que saibamos como fazer para tomá-la, cuidá-la como um bem precioso e inestimável. Se assim fosse, adolescentes não se questionariam sobre o futuro com ansiedade, os quinqüagenárioss não olhariam pra trás com arrependimento e pra frente com incerteza, porque cada um saberia tirar o máximo daquilo que têm e são, no momento presente.

É pura perda de tempo parar para refletir no que foi, poderia ter sido ou será. É preciso saber viver o que a vida nos oferece em cada instante. Os quinze anos não voltam mais? Estejam certos que os quarenta também não, nem os cinqüenta... então que possamos deixar as crises para aqueles que ainda não compreenderam que cada idade tem sua beleza, seu valor, sua importância. Não existe idade para se ser feliz e amar e sonhar não é privilégio de jovens que têm, teoricamente, toda a vida pela frente; é privilégio daqueles que sabem compreender que a beleza da vida está em acordar cada manhã, olhar em torno de si e se dizer que, se a vida deve ser um fardo, que seja de flores; que hoje é e será melhor que ontem e amanhã, porque o ontem se foi e o amanhã é um mistério que devemos descobrir aos pouquinhos.

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Frase

Uma pessoa que mantém a atitude sincera de aprender sempre, é um sábio que avança pela grande estrada da justiça, combatendo a arrogância e ambições.


Desconheço a autoria

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Respeito aos costumes

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:

- Desculpe, mas o senhor acha que o defunto virá comer o arroz?

E o chinês responde:

- Sim... Quando o seu vier cheirar as flores.

Moral da História: "Respeitar as opções do outro, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, agem diferentes e pensam diferentes. Portanto, nunca julgue, apenas tente compreender".

Desconheço a autoria

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A Lenda



Composição: Kiko, Ricardo Feghali e Nando

Bem lá no céu uma lua existe
Vivendo só no seu mundo triste
O seu olhar sobre a Terra lançou
E veio procurando por amor

Então o mar frio e sem carinho
Também cansou de ficar sozinho
Sentiu na pele aquele brilho tocar
E pela lua foi se apaixonar

Luz que banha a noite
E faz o sol adormecer (sol adormecer)
Mostra como eu amo você

Se a lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar
O coração é quem sabe
Se a lua toca no mar
Ela pode nos tocar
Pra dizer que o amor não se acabe

Se cada um faz a sua história
A nossa pode ser feliz também
Se um coração diz que sim à paixão
Como pode o outro dizer não

Luz que banha a noite
E faz o sol adormecer (sol adormecer)
Mostra como eu amo você

Se a lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar
O coração é quem sabe
Se a lua toca no mar
Ela pode nos tocar
Pra dizer que o amor não se acabe, oh, oh, oh

Se a lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar
O coração é quem sabe
Se a lua toca no mar
Ela pode nos tocar
Pra dizer que o amor não se acabe
Se a lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar
O coração é quem sabe
Se a lua toca no mar
Ela pode nos tocar
Pra dizer que o amor não se acabe, oh, oh, oh, oh

Sandy e Junior

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Renovação e Vitória

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Aos 40 anos ela está com: As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!

Então, a águia só tem duas alternativas: Morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação.

Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Desconheço a autoria

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A Porta Negra

Era uma vez um país de Mil e Uma Noites.

Neste país, havia um rei que era muito polêmico por causa de seus atos. Ele pegava os prisioneiros de guerra e levava para uma enorme sala.

Os prisioneiros eram enfileirados no centro da sala e o rei gritava:

- Eu vou dar uma chance para vocês. Olhem para o canto direito da sala.

Ao olharem, os prisioneiros viam alguns soldados armados de arco e flechas, prontos para ação.

- Agora - continuava o rei - olhem para o canto esquerdo.

Ao olharem, todos os presos notavam que havia uma terrível Porta Negra de aspecto dantesco. Crânios humanos serviam como decoração e a maçaneta era a mão de um cadáver.
Algo horripilante só de imaginar, quanto mais para ver.

O rei se posicionava no centro da sala e dizia:

- Agora escolham: o que vocês querem? Morrerem cravados de flechas ou... abrirem aquela Porta Negra e entrarem lá dentro enquanto eu tranco vocês? Decidam, vocês têm livre arbítrio.

Todos os prisioneiros tinham o mesmo comportamento: na hora da decisão, eles chegavam perto da terrível Porta Negra de mais de quatro metros de altura, olhavam para os desenhos de caveiras, sangue humano, esqueletos, aspecto infernal e decidiam:

- Quero morrer flechado!

Um a um, todos agiam assim: olhavam para a Porta Negra e para os arqueiros da morte e diziam para o rei:

- Prefiro ser atravessado por flechas a abrir essa Porta Negra e ser trancado lá dentro.

Milhares optaram pelo que estavam vendo: a morte feia pelas flechas.

Mas um dia, a guerra acabou. Passado algum tempo, um daqueles soldados do “Pelotão da Flechada” estava varrendo a enorme sala quando eis que surge o rei. O soldado, com toda reverência e meio sem jeito, perguntou:

Sabe, ó Grande rei, eu sempre tive uma curiosidade, não se zangue com minha pergunta, mas... o que tem além daquela Porta Negra?

O rei respondeu:

- Lembra que eu dava aos prisioneiros duas escolhas? Pois bem, vá e abra a Porta Negra.

O soldado, trêmulo, virou cautelosamente a maçaneta e sentiu um raio puro de sol beijar o chão feio da enorme sala. Abriu mais um pouquinho a porta e mais luz e um gostoso cheiro de verde inundaram o local.

O soldado notou que a Porta Negra abria para um caminho que apontava para uma grande estrada. Foi aí que percebeu: A Porta Negra dava para a ... LIBERDADE!!!

Todos nós temos uma Porta Negra dentro da mente.

Para uns, a Porta Negra é o medo do desconhecido. Para outros, é um cliente difícil, ou uma frustração qualquer, como: medo de arriscar, medo de assumir; medo de se relacionar ou medo de ser rejeitado; medo de inovar, medo de mudar ou medo de voar mais alto.

Para alguns, a Porta Negra é a incerteza que a falta de preparo atemoriza. Ou uma trava imaginária que as inseguranças da vida fabricaram durante a educação.

Mas, se você pode perder, você pode vencer.

Se der um passo além do medo, você vai encontrar o raio de sol entrando em sua vida. Não se desespere com a crise. Decida avançar sem medo. Decida triunfar.

Abra essa PORTA NEGRA e deixe o sol inundar você.

Desconheço a autoria

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Todas as cartas de amor...


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos

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A Aula

Relata a Sra. Thompson, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos do 5.º ano e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.

No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy.

A professora tinha observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes as suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.

Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir as suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano. A Sra. Thompson deixou a ficha de Teddy por último.

Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

A professora do 1.º ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte: Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.

A professora do 2.º ano escreveu: Teddy é um aluno excelente e muito querido pelos seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida no seu lar deve estar muito difícil.

Da professora do 3.º ano constava a anotação seguinte: A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e em breve a sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.

A professora do 4.º ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

A Sra. Thompson deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando se lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe tinham dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel de supermercado.

Lembrou-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira em que faltavam algumas pedras e um frasco de perfume pelo meio.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquele dia Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como a sua mãe.

Naquele dia, depois de todos saírem, a professora Thompson chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu-se a mudar a sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy.

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.

Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.

Alguns anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o secundário e que ela continuava a ser a melhor professora que tivera.

As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.

Tempos depois a Sra. Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para o seu casamento e noticiava a morte do seu pai. Ela aceitou o convite e no dia do casamento usava a pulseira que ganhou de Teddy anos antes e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy disse-lhe ao ouvido:

- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com o rosto banhado em lágrimas, sussurrou baixinho:

- Você está enganado! Eu é que agradeço, pois contigo aprendi a lecionar e a ouvir os apelos que ecoam na alma dos alunos…

Mais importante que avaliar as provas e dar notas, o importante e ensinar com amor, mostrando que é sempre possível fazer a diferença….

Desconheço a autoria

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As sem-razões do amor



Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Carlos Drummond de Andrade

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Sra. Rose

No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser.

Ela disse: "Ei, bonitão. Meu nome é Rose. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?"

Eu ri, e respondi entusiasticamente:

"É claro que pode!", e ela me deu um gigantesco apertão.

Não resisti e perguntei-lhe: "Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?", e ela respondeu brincalhona: "Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar."

"Está brincando" , eu disse. Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse:

"Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!"

Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate.

Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela "máquina do tempo" compartilhar sua experiência e sabedoria comigo. No decurso de um ano, Rose tornou- se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.

Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!

No fim do semestre nós convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do pódium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente:

"Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei." Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou:

"Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso.
Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia.

Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam!

Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos. E eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma conseqüência natural da vida. A idéia é crescer através das oportunidades.

E por último, não tenham remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer.

As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos."

Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente "A Rosa".

Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás.

Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente em seu sono. Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.

Desconheço a autoria

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Os Dois Bolsos

Um discípulo comentou com o rabino Bounam de Pssiskhe:

- O mundo material parece sufocar o mundo espiritual.

- Sua calça tem dois bolsos - disse Bouhnam. - Escreva no direito: o mundo foi criado apenas para mim. No bolso esquerdo, escreva: eu não sou nada além de pó e cinzas. Divide bem teu dinheiro nestes dois lugares. Quando vires a miséria e a injustiça, lembra que o mundo existe apenas para que possas manifestar tua bondade, e usa o dinheiro do bolso direito. Quando estiveres tentado a adquirir coisas que não te fazem a menor falta, lembra do que está escrito no teu bolso esquerdo, e pensa várias vezes antes de gastá-lo. Desta maneira, o mundo material nunca sufocará o mundo espiritual.

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Os Três Crivos

Na Grécia Antiga, Sócrates era famoso por sua sabedoria.

Um dia o grande filósofo encontrou um conhecido que veio à sua presença todo excitado, dizendo: "Sócrates, que saber o que acabei de escutar sobre um dos seus estudantes?"

"Espere um minuto!" interrompeu Sócrates. "Antes de você me contar, eu gostaria de aplicar um pequeno teste. É o teste dos três crivos." O amigo estava curioso, e Sócrates continuou: "Antes de você me contar a respeito do estudante, vamos aplicar o primeiro crivo o da Verdade. Você tem certeza absoluta de que o que irá me contar é verdade?"

"Não," respondeu o homem, "eu apenas acabei de escutar o comentário."

"Muito bem," disse Sócrates. "Então você não sabe com certeza se a informação é verdadeira ou não. Então vamos tentar o segundo crivo, o da Bondade. O que você vai me contar a respeito do estudante é algo bom?"

"Não, muito pelo contrário." respondeu o homem.

"Então," Sócrates continuou, "Você quer me contar algo que você não tem certeza de que seja verdade, e sabe que não é algo bom?" O homem já estava visivelmente embaraçado.

Sócrates continuou, "Talvez você ainda deva me contar o que seja porque há um terceiro crivo, o da Utilidade. Aquilo que você irá me contar tem alguma utilidade para mim?"

"Não, acho que não."

Concluiu Sócrates: "Então, se o que você iria me contar talvez não seja verdade, não é algo bom, e não é útil para mim, porque contar?"

O homem nada mais disse, e foi embora, envergonhado.

Tenha isso em mente da próxima vez que você estiver prestes a repetir um rumor.

Desconheço a autoria

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Como Você Reage Às Adversidades?

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.

Seu pai, um "chef", levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver.

Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.

A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Cerca de vinte minutos depois, ele apagou o fogo. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.

Virando-se para ela, perguntou: "Querida, o que você está vendo?"

"Cenouras, ovos e café," ela respondeu.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.

Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.

Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.

Ela perguntou humildemente: "O que isso significa, pai?"

Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil.

Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rígido.

O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.

"Qual deles é você?" ele perguntou à sua filha. "Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde ? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?"

E você?

Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha e se torna frágil e perde sua força?

Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável? Você teria um espírito maleável, mas depois de alguma morte, uma falência, um divórcio ou uma demissão, você se tornou mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis?

Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus centígrados. Quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café.

Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.

Como você lida com a adversidade?

Você é uma cenoura, um ovo ou café ?

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Concluindo etapas, encerrando ciclos

É importante, sempre, saber quando termina uma etapa da vida. Se você insiste em permanecer nela, além do tempo necessário, perderá a alegria e o sentido de tudo o mais. Encerrando ciclos, fechando portas, ou encerrando capítulos, como queira chamar, o importante é poder encerrá-los, deixando ir momentos da vida que se concluíram.

Terminou o seu trabalho?

Acabou a sua relação com o parceiro?

Você já não vive mais numa determinada casa?

Deve fazer uma viagem?

A amizade com alguém terminou?

Roubaram você em sua casa?

Morreu um ente querido?

Quebrou ou estragou um objeto de estimação?

Você descobriu que o mentor espiritual que seguia era uma fraude?

Você pode passar muito tempo do seu presente remoendo os porques, tentando devolver a cacetada que levou ou mesmo procurando entender porque aconteceu tal fato em sua vida.

O desgaste vai ser infinito, pois na vida, você, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos temos de ir encerrando capítulos, virando a página, concluindo etapas ou momentos da vida e seguir adiante.

Não podemos estar no presente com saudades do passado. Nem sequer perguntando-nos por quê?

O que passou, passou, e temos que soltar, desprender, não ficar preso ao que passou.

Não podemos ser crianças eternas, nem adolescentes tardios, nem empregados de empresas que já não existem mais, nem ter vínculos com quem não quer estar vinculado a nós. Não.

Os fatos passam e temos que deixá-los ir! Por isso, às vezes, é importante destruir recordações, livrar-se de presentes, mudar de casa, rasgar papeis velhos, desfazer-se de livros ou de objetos que são desnecessários.

As mudanças externas podem simbolizar processos interiores de superação.

Deixe ir, soltar, desprender-se

Na vida ninguém joga com cartas marcadas e temos que aprender a perder e a ganhar.

Temos que deixar ir, virar a página, viver só o presente.

O passado já passou.

Não espere que lhe devolvam o passado, não espere reconhecimentos, não espere que em algum momento se dêem conta de quem é você.

Solte o ressentimento, ligar o seu televisor pessoal para retornar ao assunto, só vai causar-lhe dano mental, envenená-lo, amargurá-lo.

Apesar do tempo não ser linear, a vida está para frente, nunca para trás.

O que passou deve servir apenas para que continue a viver com mais sabedoria.

Se você anda pela vida deixando portas abertas, nunca poderá desprender-se nem viver o hoje com satisfação.

Noivados ou amizades que não se fecham, possibilidades de regressar para que? Necessidade de esclarecimentos, palavras que não se disseram, silêncios que o invadiram: se puder enfrentá-los já e agora, faça-o!

Se não, deixe-os ir, encerre os capítulos.

Diga a você mesmo que não, que não deve voltar. Mas não por orgulho, nem por soberba, mas porque você já não se encaixa aí, nesse lugar, nesse coração, nessa habitação, nessa morada, nesse escritório ou nesta profissão.

Sua freqüência agora é outra.

Você já não é o mesmo que foi há dois dias, há três meses, há um ano. Portanto, não há porque voltar.

Feche a porta, vire a página, encerre o ciclo.

Nem você será o mesmo, nem as circunstâncias seriam as mesmas, porque na vida nada se mantém quieto, nada é estático.

É saudável mentalmente ter amor por você mesmo, desprender-se do que já não está em sua vida.

Recorde que nada, nem ninguém, é indispensável.

Nem uma pessoa, nem um lugar, nem um trabalho, nada é vital .

Quando você veio a este mundo, chegou sem qualquer adesivo ou etiqueta. Portanto, é apenas costume viver apegado a um adesivo ou etiqueta.

E é um trabalho pessoal aprender a viver livre, sem o adesivo ou etiqueta humano ou físico que hoje lhe dói deixar ir. Mas encerre, feche, limpe, jogue fora, oxigene, desprenda-se, sacuda, solte.

Existem muitas palavras que significam saúde mental e qualquer que seja a que você escolha, lhe ajudará definitivamente a seguir adiante com tranqüilidade.

Esta é a vida.

Viva!

Johann Wolfgang von Goethe

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Caridade sem limites

A mãe, com apenas 26 anos, parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos, que estava morrendo de leucemia. Embora o coração dela estive pleno de tristeza e angústia, ela também tinha um forte sentimento de determinação.

Como qualquer outra mãe, ela gostaria que seu filho crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa da leucemia terminal. Mas, mesmo assim, ela ainda queria que o sonho de seu filho se transformasse realidade. Ela tomou a mão de seu filho e perguntou:

- Billy, você alguma vez já pensou o que você gostaria de ser quando crescer? Você já sonhou o que gostaria de fazer com sua vida?

- Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro quando eu crescer.

A mãe sorriu e disse:

- Vamos ver se podemos transformar esse sonho em realidade.

Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao corpo de bombeiros local, na cidade de Phoenix, Arizona, onde se encontrou com um bombeiro de enorme coração, chamado Bob. Ela explicou a situação de seu filho, seu último desejo e perguntou se seria possível dar ao seu filhinho de seis anos uma volta no carro dos bombeiros em torno do quarteirão.

O bombeiro Bob disse:

- Veja, nós podemos fazer mais que isso! Se você estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, na próxima quarta-feira, nós o faremos um bombeiro honorário por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco, sair para atender as chamadas de incêndio! E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme verdadeiro para ele, com chapéu, com o emblema de nosso batalhão, um casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também. Eles são todos confeccionados aqui mesmo na cidade e conseguiremos eles rapidamente.

Três dias depois, o bombeiro Bob pegou o garoto, vestiu-o em seu uniforme de bombeiro e escoltou-o do leito do hospital até o caminhão dos bombeiros. Billy ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi levado até o quartel central.

Ele estava no céu. Ocorreram três chamados naquele dia na cidade de Phoenix e Billy acompanhou todos os três.

Em cada chamada ele foi em veículos diferentes: no caminhão tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe do corpo de bombeiros. Ele também foi filmado pelo programa de televisão local.

Tendo seu sonho realizado, todo o amor e atenção que foram dispensadas a ele acabaram por tocar Billy, tão profundamente que ele viveu três meses mais que todos os médicos haviam previsto.

Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a enfermeira-chefe, que acreditava no conceito de que ninguém deveria morrer sozinho, começou a chamar ao hospital toda a família.

Então, ela lembrou do dia que Billy tinha passado como um bombeiro, e ligou para o chefe e perguntou se seria possível enviar algum bombeiro para o hospital naquele momento, para ficar com Billy.

O chefe dos bombeiros respondeu:

- Nós podemos fazer mais que isso! Nós estaremos aí em cinco minutos. E faça-me um favor: quando você ouvir as sirenes e ver as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o corpo de bombeiros vindo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E você poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!

Cinco minutos depois, uma van e um caminhão com escada Magirus chegaram no hospital, estenderam a escada até o andar onde estava o garoto e 16 bombeiros subiram pela escada até o quarto de Billy. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram e seguraram e falaram para ele o quanto eles o amavam.

Com um sopro final, Billy olhou para o chefe e perguntou:

- Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?

- Billy, você é um dos melhores! - disse o chefe.

Com estas palavras, Billy sorriu e fechou seus olhos pela última vez.

E você, diante do pedido de seus amigos, filhos e parentes, tem respondido "eu posso fazer mais que isso"? Reflita se sua vida tem sido em serviço ao próximo, e tome uma decisão hoje mesmo.

Desconheço a autoria

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A importância de dizer: "Te amo"

Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Há pouco tempo decidi sair com outra mulher.

Na realidade, foi idéia da minha esposa.

- Você sabe que a ama - disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa. - A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher...

- Mas, eu te amo - protestei à minha mulher.

- Eu sei. Mas você também a ama. Tenho certeza disto.

A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que era já viúva há 19 anos. Mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos faziam com que eu a visitasse ocasionalmente.

Essa noite a convidei para jantar e ir ao cinema.

- O que é que você tem? Você está bem? - perguntou-me ela, após o convite.

Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite ou um convite surpresa é indício de más notícias.

- Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo - respondi a ela - Só nós dois; o que acha?

Ela refletiu por um momento.

- Me agradaria muitíssimo - disse ela sorrindo.

Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho. Estava um tanto nervoso. Era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro. E, que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada.

Me esperava na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo.

- Eu disse a minhas amigas que ia sair com você e ficaram muito impressionadas. Elas nem podem esperar para escutar a respeito de nosso passeio. Me aguardam amanhã.

Fomos a um restaurante não muito elegante, mas aconchegante. Minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse "a primeira dama". Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras.

Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos e mamãe estava sentada do outro lado da mesa me olhando fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.

- Era eu quem lia o menu quando você era pequeno - disse-me.

- Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.

Durante o jantar tivemos uma agradável conversa. Nada de extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.

- Sairei contigo outra vez, mas, só se me deixares fazer o convite, disse minha mãe quando a levei para casa. Concordei.

- Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei aquela noite.

- Muito agradável! Muito mais do que imaginei.

Dias mais tarde, minha mãe faleceu de um enfarte fulminante. Tudo foi tão rápido que nada pude fazer.

Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado, minha mãe e eu, e uma nota que dizia: "O jantar que prometi, paguei antecipado. Estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa.

Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo"

Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo: "eu te amo" e de dar a nossos entes queridos o espaço que merecem.

Nada na vida será mais importante que Deus e, depois, tua família.

Dedique tempo a eles porque não podem esperar.

Desconheço a autoria

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Trezentos e sessenta e cinco dias

De acordo com meus amigos, sou uma pessoa segura e educada, razoavelmente inteligente, organizada e criativa. Mas, na maior parte da minha vida adulta, por quatorze dias em cada ano, eu me sentia como se não tivesse nenhuma dessas qualidades. E o pior é que isso acontecia quando meus pais - que moravam a dois mil quilômetros de distância durante trezentos e cinqüenta e um dias do ano - vinham me visitar. Em todos os outros dias eu levava minha vida muito bem, como esposa, mãe, executiva e fazendo meu trabalho voluntário. Mas a visita deles era uma verdadeira tortura para mim.

Essa é uma história muito antiga. Como filha mais velha, tinham sido colocadas muitas expectativas de sucessos e responsabilidade sobre mim. E a minha sensação era que, por mais que eu fizesse, nunca correspondia a elas. O fato de ter ido morar longe, com um marido que me amava do jeito que eu era, trouxera uma grande libertação. Mas bastava que meus pais - meu pai sobretudo - se aproximassem para acordar a menininha intimidada que persistia em existir dentro de mim. Eu me sentia ressentida com eles por ainda terem o poder de me fazer sentir insegura e incompetente.

Não era apenas eu que sofria durante as visitas dos meus pais - todos à minha volta sofriam também. Com certeza meu querido marido - estamos casados há trinta anos - sofria comigo. Nas semanas anteriores à visita, eu limpava a casa, infernizava meu marido para consertar tudo que estivesse quebrado, comprava novas cortinas, travesseiros e lençóis. Planejava refeições finas, enchia o congelador de comida e ficava atrás dos meus sfilhos para arrumarem os quartos, terem bons modos, falarem em voz baixa. Durante a visita havia sempre uma aura de tensão ao meu redor, como um véu diáfano (talvez fosse mais como um cobertor de lã molhado!). Depois da visita seguiam-se noites de discussões com meu marido. Eu ficava tentando decifrar o que meu pai dissera ou não dissera. E chorava muitas vezes, sentindo-me uma criança rejeitada e exausta. Em trinta anos de casamento houve vários altos e baixos, mas a prova real do amor de Dave era me ajudar a sobreviver a essas visitas!

Um dia, uma amiga me convidou para participar de um grupo de espiritualidade e um mundo novo se abriu para mim. Passei a ler sobre o assunto e a meditar diariamente, e fui adquirindo uma paz interior que nunca conhecera. O tema que mais me atraía era o do perdão. Perdoar, desapegar-se dos ressentimentos, compreender que aqueles que nos fizeram sofrer na maioria das vezes não tinham consciência disso e reproduziam apenas algo de que tinham sido vítimas.

Então papai foi acometido do mal de Parkinson. Em pouco tempo, o homem cheio de vida, inteligente, o deus atlético da minha infância se transformou num velhinho cambaleante, desolado e confuso. Talvez essa sua vulnerabilidade tenha evidenciado os aspectos frágeis de sua personalidade. O fato é que tornou-se mais fácil para mim perdoá-lo.

E assim eu fiz. Apenas disse várias vezes em voz alta: "Eu perdôo você, papai." A mágoa foi se dissolvendo e deixando fluir o amor que eu sentia por ele. Consegui ir me livrando das imposições e exigências que já não vinham dos meus pais, mas de mim mesma. Tomei posse do meu ser, do meu próprio desejo, dos meus sentimentos, e tudo isso me trouxe muita paz.

Jamais disse explicitamente a meu pai que o havia perdoado, mas isso deve ter ficado claro para ele em algum nível, porque toda a nossa relação se transformou.

No verão anterior à sua morte, papai veio sozinho ficar conosco por duas semanas. Eu o recebi com tranqüilidade, sem os preparativos e a tensão das outras vezes. Senti-o como um amigo com quem foi bom conversar de coração aberto, falando de mim e ouvindo-o contar sua vida.

Pela primeira vez em nossas vidas tivemos gestos de carinho um com o outro e ele me disse como se sentia à vontade em nossa casa, como era bonito o meu jardim florido. Na hora de se despedir, meu pai me abraçou forte, beijou minha testa e disse algo que nunca dissera antes: "Minha filha, eu te amo muito."

Meu pai nunca mais voltou à minha casa. Depois que ele morreu, minha mãe mandou fazer um vídeo, com fundo musical e tudo, com as passagens mais gloriosas de sua vida. Levanto os olhos do que estou escrevendo e vejo a fita cassete na prateleira de livros. Jamais assisti ao vídeo. O essencial de minha vida com meu pai se concentrou naquelas duas semanas. As lembranças que quero guardar são de papai na varanda, na cadeira de vime, banhado pelos raios de sol, regando as plantas, brincando, conversando, partilhando a vida conosco - e me amando.

O perdão total e incondicional trouxe conforto para minha alma e me abriu as portas para uma vida que eu não imaginava possível.

Agora, além de ser esposa, mãe, avó e conselheira espiritual, sou uma pessoa inteira trezentos e sessenta e cinco dias do ano.

Rosemarie Giessinger

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Assumindo o desafio

Trabalhar em um hospital com vítimas recentes de derrames cerebrais era presenciar situações extremas, uma questão de tudo ou nada. Ou eles estavam felizes por estarem vivos ou simplesmente queria morrer. Bastava olhar para saber.

Aprendi muita coisa com Albert sobre derrames cerebrais.

Encontrei-o pela primeira vez, todo curvado na cama em posição fetal, numa tarde em que fazia a ronda dos doentes. Um homem pálido, velho, ressequido, parecendo morto, a cabeça meio escondida pelo cobertor. Nem se mexeu quando me apresentei e não disse uma palavra sequer quando lhe disse que o jantar viria logo.

No posto de enfermagem, um funcionário forneceu-me alguns dados sobre ele. Não tinha ninguém. Já vivera muito. A mulher com quem fora casado durante trinta anos tinha morrido, os cinco filhos já tinham saído de casa.

"Bem", pensei, "talvez eu consiga ajudar." Na época eu era uma enfermeira cheia de corpo mas vistosa, uma mulher divorciada que evitava a população masculina fora do trabalho. Quem sabe eu poderia fazer alguma coisa? Resolvi flertar.

No dia seguinte, em vez do uniforme de enfermeira usei um vestido branco. Luzes apagadas. Cortinas cerradas.

Albert nem se mexeu quando me aproximei. Puxei uma cadeira para perto de sua cama, cruzei minhas pernas diante dele, inclinei a cabeça e dirigi-he um sorriso perfeito.

"Deixe-me em paz. Quero morrer."

"Que pecado, com tantas mulheres sozinhas po aí."

Albert pareceu aborrecido. Fingindo não notar, comecei a tagarelar dizendo como gostava de trabalhar na unidade de reabilitação, porque lá tinha a oportunidade de observar as pessoas atingindo ser potencial máximo. Era um lugar cheio de possibilidades. Ele ficou calado.

Dois dias mais tarde, na troca de turnos, eu soube que Albert tinha perguntado quando eu estaria trabalhando. A enfermeira referia-se a ele como meu "namorado" e o apelido pegou. Nunca o contestei. Quando saía do quarto dele, eu dizia aos outros para cuidarem bem do "meu Albert".

Dentro de pouco tempo , ele concordou em sentar-se na beirada da cama para exercitar a resistência, a energia e o equilíbrio. Consentiu em "trabalhar" com fisioterapia se eu voltasse "para conversar".

Dois meses depois, Albert estava usando um andador. No terceiro mês, passou para a bengala. Às sextas-feiras, comemorávamos as altas dos pacientes com um churrasco. Quando chegou a vez dele, Albert e eu dançamos ao som de canções de Edith Piaf. Foi um parceiro meio desajeitado, mas era ele quem guiava. Nossos rostos estavam molhados de lágrimas quando nos despedimos.

De vez em quando chegavam ao hospital rosas, crisântemos e ervilhas-de-cheiro de presente para mim. Ele estava trabalhando em seu jardim outra vez.

Então, numa tarde, uma linda mulher vestida de azul-lavanda apareceu em nossa unidade do hospital procurando por "aquela enfermeira assanhada".

Minha chefe mandou chamar-me; eu estava dando banho em um doente.

"Então, é você! A mulher que fez meu Albert voltar a lembrar que ele é um homem!"

Abriu um amplo sorriso e me entregou um convite de casamento.

Magi Hart

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Isso vai mudar totalmente a sua vida

Estou almoçando com uma amiga quando ela casualmente conta que ela e o marido estão pensando em "começar uma família".

"Estamos fazendo uma pesquisa", diz, meio brincando. "Você acha que devemos ter um bebê?"

"Isso vai mudar totalmente a sua vida", digo com cuidado, mantendo o tom neutro da voz.

"Eu sei", ela diz. "Nada mais de acordar tarde no sábado, nem de tirar férias quando quiser..."

Mas não era bem isso o que eu queria lhe dizer. Olhava para minha amiga, tentando decidir o que falar.

Queria lhe contar das coisas que não vai aprender num curso para grávidas. Quero que saiba que as dores do parto passam, mas tornar-se mãe vai deixar nela uma vulnerabilidade irreversível.

Penso em avisá-la de que jamais lerá novamente sobre uma tragédia no jornal sem se perguntar: "E se tivesse sido meu filho?" Que todo acidente aéreo, todo incêndio vai assustá-la. Quando vir fotos de crianças famintas, ela se perguntará se pode haver dor maior do que ver um filho morrer.

Olho para ela: unhas e cabelos impecáveis, vestido elegante. Por mais sofisticada que possa ser, tornando-se mãe estará reduzida ao estágio primitivo de uma ursa protegendo seu filhote. Um grito aflito de "Mamãe!" vai fazê-la derrubar o suflê ou seu cristal mais fino sem a menor hesitação.

Acho que deveria avisá-la de que, não importa quantos anos tenha investido em sua carreira, esta será afetada pela maternidade. Mesmo que tenha uma babá super-eficiente, na hora de uma reunião importante vai pensar no cheirinho gostoso do seu bebê ou na febre da véspera. Terá de usar toda sua disciplina para não correr para casa só para ver se está tudo bem com a criança.

Quero que minha amiga saiba que suas grandes certezas vão ser abaladas. Que a vontade de um menino ir ao banheiro dos homens e não ao das mulheres na lanchonete vai tornar-se um grande dilema. Que exatamente lá, no meio do barulho das bandejas e da gritaria das crianças, libelos sobre independência e identidade sexual serão confrontados com a possibilidade de alguém molestar a criança no banheiro. Embora seja uma mulher determinada no escritório, vai sempre se questionar como mãe.

Olhando para minha amiga tão bonita, quero assegurar-lhe que a vida, agora tão importante, terá menos valor para ela quando vier o bebê. Ela sacrificaria sua vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo vai querer viver mais - não para realizar seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela.

A relação com seu marido vai mudar, mas não como ela pensa. Um dia ela irá descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar cuidadosamente talco no bebê ou ao observá-lo sentado no chão brincando com o filho. Penso que ela deveria saber que vai se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que agora consideraria muito pouco românticas.

Gostaria que pudesse perceber o elo que passará a ter com as mulheres que, através dos tempos, tentaram desesperadamente lutar contra as guerras e impedir que as pessoas dirijam depois de beber. Espero que ela entenda por que eu posso pensar racionalmente sobre muitos assuntos, mas me torno temporariamente louca quando discuto a ameaça de guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Quero descrever à minha amiga o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase. A alegria que nos inunda ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver seu filho acertando a bola no gol, a filha mergulhando corajosamente do trampolim mais alto.

O olhar curioso da minha amiga me fez perceber que tenho lágrimas nos olhos. "Você nunca vai se arrepender", digo, finalmente. Estendo o braço por sobre a mesa, aperto sua mão e rezo em sua intenção e de todas as mulheres que, no meio do seu caminho, se depararam com o mais sublime dos chamados.

Dale Hanson

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